quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Buzz Marketing na Política

Clique na imagem acima e assista o vídeo.

Para quem se interessa pelos temas: marketing político e ética na propaganda política, estou disponibilizando o download da monorafia que elaborei para minha graduação.


Clique aqui e baixe o arquivo.


Resumo do trabalho:


Presenciamos em Belo Horizonte, na disputa para a prefeitura em 2008, uma ação que se valeu do uso do buzz marketing: o vídeo veiculado na web, em que o humorista Tom Cavalcante imita o então candidato Leonardo Quintão do PMDB. Como se deu a sua utilização e quais as implicações éticas do seu uso na dinâmica das campanhas eleitorais, são fatores que despertaram o nosso interesse e nos levaram à abordagem destas questões nesta monografia. Observando o referido vídeo, temos o objetivo de investigar o seu uso do ponto de vista da ética dentro do contexto em que se deu. Para tanto, realizamos pesquisas bibliográficas que nos trouxeram conceitos e noções sobre ética, ética na política, na Internet e na propaganda política, bem como conceitos e noções relativas ao marketing, marketing político, marketing viral e o buzz marketing. Além disso, realizamos entrevistas com profissionais da área de publicidade e também com uma cientista política, na busca de uma maior sustentação para a análise a que nos propusemos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Trânsito louco, motoristas nervosos...

Todos nós vivemos um verdadeiro drama a cada dia no trânsito, especialmente quem mora nas grandes cidades.
Às vezes dá a impressão que vivemos numa terra de ninguém! Cada um faz a sua lei, ou melhor, cada um faz o que quer.
O desenho animado "Pateta no trânsito" foi produzido em 1950, mas sinceramente... até parece que foi feito ontem.

Para relaxar um pouco, antes pegar o carro, aproveitem!


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A Morte do Touro Mão de Pau (Ariano Suassuna)

Corre a Serra Joana Gomes

galope desesperado:

um touro se defendendo,

homens querendo humilhá-lo,

um touro com sua vida,

os homens em seus cavalos.


Cortava o gume das pedras

um bramido angustiado,

se quebrava nas catingas

um galope surdo e pardo

e os cascos pretos soavam

nas pedras de fogo alado,

enquanto o clarim da morte,

ao vento seco e queimado,

na poeira avermelhada

envolvia os velhos cardos.


Rasgavam a serra bruta

aboios mal arquejados

e, nas trilhas já cobertas

pelo pó quente e dourado,

um gemido de desgraça,

um gemido angustiado:


- "Adeus, Lagoa dos Velhos!

adeus, vazante do gado!

adeus, Serra Joana Gomes

e cacimba do Salgado!

O touro só tem a vida:

os homens têm seus cavalos"!


O galopar recrescia:

brilhavam ferrões farpados

e algemas de baraúna

para o touro preparados.

Seu Sabino tinha dito:

- "Ele há de vir amarrado"!


Miguel e Antônio Rodrigues,

de guarda-peito e encourados,

na frente do grupo vinham,

montados em seus cavalos

de pernas finas, ligeiras,

ambos de prata arreados.

E, logo à frente, corria

o grande touro marcado,

manquejando sangue limpo

nos caminhos mal rasgados,

cortadas as bravas ancas

por ferrões ensangüentados.


A Serra se despenhava

nas asas de seus penhascos

e a respiração fogosa

dos dois fogosos cavalos

já requeimava, de perto,

as ancas do manco macho

quando ele, vendo a desonra,

tentando subjugá-lo,

mancando da mão preada

subiu num rochedo pardo:


Num grito, todos pararam,

pelo horror paralisados,

pois sempre, ao rebanho, espanta

que um touro do nosso gado

às teias da fama-negra

prefira o gume do fado.

E mal seus perseguidores

esbarravam seus cavalos,

viram o manco selvagem

saltar do rochedo pardo:


-"Adeus, Lagoa dos Velhos!

Adeus, vazante do gado!

Adeus, Serra Joana Gomes

e cacimba do Salgado!

Assim vai-se o touro manco,

morto mas não desonrado"!


Silêncio. A Serra calou-se

no poente ensangüentado.

Calou-se a voz dos aboios,

cessou o troar dos cascos.

E agora, só, no silêncio

deste sertão assombrado,

o touro sem sua vida,
os homens em seus cavalos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ParTiu... Mas e aí?

O PT protagonizou ontem no Conselho de Ética do Senado, mais um episódio difícil de se explicar quando olhamos para o passado e lembramos as bandeiras que levaram o partido ao poder.

Como disse o senador Flávio Arns (PT-PR) "A ética do PT foi jogada no lixo", e não foi nesse episódio dos processo contra o presidente do Senado que isso se deu. Se lembrarmos do caso da Prefeitura de Santo André, que culminou com o assassinato de Celso Daniel, veremos que a ideologia que norteou a caminhada do partido, há muito não passa de discurso e que não foi o poder que corrompeu o PT, mas a busca pelo poder que o levou a essa situação degradante.

Mas e aí? Olhando para frente, que impacto terá mais essa atitude "estranha" do PT no cenário político brasileiro, sobretudo nas eleições do ano que vem, que são o pano de fundo de tudo o que estamos vendo? Todas essas artimanhas PT/PMDB passarão incólumes ao crivo do eleitor? Principalmente aqueles quer percebem a política em função dos programas sociais que o governo lhes concede?

A candidatura da ex-ministra Marina Silva, agora no PV, pode dar sem sombra de dúvidas novas cores à disputa presidencial e talvez consiga despertar um olhar mais amplo para os que sustentam a popularidade do presidente Lula, amparado pelo Bolsa Família, que parece ter a força de redimí-lo de toda e qualquer atitude esdrúxula. Lula demonstra não se importar com nada, a não ser em concretizar seus projetos individuais de manutenção do poder, nem que tenha para isso que sacrificar o próprio partido que ajudou a fundar e está a um fio de se afundar.

Melancólico volta a ser o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que de novo grita, esbraveja, arrepia, mas não toma atitude. Triste. Pois uma pessoa que sempre demonstrou uma firmeza de convicções tão grande, inexplicavelmente se curva a tantos desmandos sem mostrar a coragem de colegas como Marina Silva, Flávio Arns e tantos outros que não traíram seus princípios e sobretudo seus eleitores, em detrimento de um partido que hoje mais do que nunca se apresenta no sentido literal da palavra.

Abraço!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Há luz no fim do túnel...

Clique no link abaixo e confira a notícia veiculada no portal Terra sobre o joven Max Jones de apenas 12 anos.

Ele mora em Orlando (Flórida) e criou um site que só transmite boas notícias.

É de dar inveja uma iniciativa dessa, muito embora o certo mesmo é dar os parabéns!

No meio de tantas notícias que insistem em querer nos levar à depressão, sempre surgem ações como essa, mostrando que de fato há luz no fim do túnel.

Abraço!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Está nas nossas mãos.

Esta crise que acompanhamos hoje envolvendo o Senado Federal, assim como tantas outras que vimos ao longo dos últimos anos, tem alguns estágios que também se repetiram nas turbulências que a precederam:

1º Estágio - Começam a aparecer no noticiário algumas denúncias meio perdidas, soltas... E nós ficamos observando, pra "ver no que vai dar".

2º Estágio - As notícias continuam e vão gradativamente ganhando intensidade. O sujeito ou sujeitos envolvidos começam a se agarrar nos seus cargos, dizendo que tem que apurar, mas que são inocentes e que não sabem, não viram e não conhecem nada e nem ninguém. Nesse momento, a gente começa a se indignar.

3º Estágio - A mídia vai apertando o cerco e começam a surgir os "lados da moeda", não me refiro a apenas os "dois lados da moeda" de propósito, pois no Brasil uma moeda pode ter mais de dois, já que a gente tem os que apóiam, os que são contra e os que vão esperar pra ver... Nossa indignação aumenta e começamos a dizer cheios de convicção que tudo isso é uma vergonha, que em Brasília ninguém presta mesmo e que não tem jeito, é só chegar no poder que as pessoas se deixam levar pelos conchavos, enfim "entram no jogo". É meio simplista esse raciocínio, mas é o que acontece.

4º Estágio - O sujeito ou sujeitos em questão se calam. Todo mundo fala. Quem é contra diz que tem que deixar o cargo, que é melhor para o país, para a instituição e até para quem está sendo acusado. Do outro lado, quem é do "time", diz que não há provas, que é injustiça, etc., etc., etc. Nossa indignação de 0 a 10, já está em 8 com picos de 9.

5º Estágio - Quem está na linha de tiro reage. Faz um discurso inflamado, que na maioria das vezes não diz coisa com coisa - ah! Esqueci de mencionar no estágio anterior o acusado dá sinais de que vai se render, mas fica só nos sinais - Voltando ao discurso, ele jura novamente que é inocente e reafirma: "Daqui não saio, daqui ninguém me tira". Nessa altura numa escala de 0 a 10, a indignação já está em 11.

6º Estágio - A coisa toda começa a arrefecer. As notícias vão aos poucos minguando, os processos se arquivando e nós nos esquecendo...

Muito bem, vocês hão de concordar, que em maior ou menor grau, com poucas variações, tudo se desenrola dessa maneira, não muda muito. O que tem que mudar, nesse processo todo, somos nós. O que precisamos é sair da indignação e partirmos para a ação. Não estou falando aqui de desordem, estou falando de consciência e conscientização. Explico: precisamos ter consciência da nossa responsabilidade de cidadãos quando formos exercer nosso direito sagrado - o voto - porém muitas vezes por nós mesmos sub valorizado, de eleger aqueles que irão nos representar em todas as instâncias da esfera política. Necessitamos fazê-lo com propriedade, procurando conhecer de fato quem é o candidato que irá receber nosso voto, qual o seu histórico, quais são suas propostas e seu passado político é coerente com o seu presente?
Por outro lado, temos o dever também de buscar a conscientização daqueles com os quais convivemos e que ainda não têm uma visão madura e responsável sobre o processo eleitoral e a importância de um gesto de poucos segundos à frente da urna, mas que pode custar anos, décadas de atraso e de muita indignação para todo país. Lembrando porém, que conscientizar não é doutrinar. Portanto, o papel de quem acompanha e se preocupa com os desacertos políticos do país, não é de convencer ninguém a votar nesse ou naquele candidato, nesse ou naquele partido, mas sim o de mostrar a necessidade de colher informações e formar um juízo de valor sobre quem será escolhido para ser votado.

Teremos a oportunidade de renovar dois terços do Senado ano que vem e 100% da Câmara dos Deputados e das Assembléias Legislativas, além de escolher quem irá comandar o país e os estados da federação. Portanto, está em nossas mãos escolher bem e sofrer menos daqui por diante.
Abraço!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

É bom a gente não esquecer

Confiram no Blog do Noblat o que Collor pensava sobre Sarney nas eleições de 1989. Acesse o link: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/08/04/recordar-viver-que-collor-dizia-de-sarney-211049.asp

É impressionante como as pessoas mudam...

Abraço!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

E depois da crise? Tudo será como antes?

A crise financeira que estremeceu o mundo no final de 2008 começa a dar sinais de arrefecimento. Os governos como pudemos ver, agiram rápido injetando trilhões de dólares para garantir a geração de crédito e com isso todos vislumbram retomadas pontuais nos níveis de consumo, que poderão contagiar as economias mundo afora e recolocar os mercados novamente em rota de crescimento.

Está mais do que claro que estas intervenções foram acertadas. Foi preciso de fato, tomar medidas enérgicas a fim de minimizar os impactos da crise, tentar salvar empregos, evitar um turbilhão de falências ainda maior do que aquilo vimos nos momentos mais críticos da crise.

Porém, agora que as coisas ainda que timidamente, começam a tomar os seus lugares, não podemos perder de vista uma reflexão ainda pouco comentada por analistas econômicos, políticos, por formadores de opinião, enfim, pelas pessoas que ou fazem parte diretamente da solução do problema, ou podem de alguma forma influenciar as tomadas de decisão daqui por diante.

É sabido por todos que o modelo de consumo norte americano, muito admirado e copiado por outros países, onde se criou a bem da verdade uma falsa prosperidade, uma impressão equivocada de poder de compra, que desabou feito um castelo de cartas, aliado a atuação do mercado financeiro mundial, que apoiado na globalização, acabou gerando um verdadeiro "second life" de operações que pra variar favoreceram poucos em detrimento do infortúnio de muitos. E o mais grave, é que boa parte daqueles que pagaram ou estão pagando o preço da crise, sequer têm idéia ou participação no que os “grandes” estrategistas financeiros de Wall Street fizeram ao longo dos últimos anos. De forma arrogante e gananciosa agiram como senhores da razão, com o objetivo único de obter ganhos altos e rápidos, a qualquer preço, sem se preocuparem com as conseqüências das suas ações.

Independentemente de estarmos chegando ao final da crise, é importante trazer ao debate um novo modelo econômico mundial. É imperativo refletirmos e discutirmos com responsabilidade o que nós queremos para nós e para o futuro do planeta. Até porque as conseqüências do que temos vivido hoje, além de tudo, e o que é ainda mais grave, têm impacto direto no meio ambiente, e não dá mais para fechar os olhos, adiar decisões e mudanças de postura quanto a esta questão.

A boa notícia é que pouco a pouco, pessoas de peso nas decisões mundiais vão pelo menos mudando o discurso e ponderando sobre a importância de uma nova estrutura de crescimento, que preserve e respeite os limites do planeta Terra.

Aos países ricos cabe se adaptarem a menores níveis de consumo e conseqüentemente de poluição. Aos países pobres ou em desenvolvimento, não se concebe o discurso irresponsável de que agora é a sua vez de crescer e portanto, têm menos responsabilidade na tarefa de cuidar do mundo em que vivemos. A todos, demanda a obrigação de novas políticas ambientais, que passem desde ações de fiscalização e punição a quem polui e desmata, até a investimentos em novas tecnologias que favoreçam o crescimento sustentável.
Abraço!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Redução da Maioridade Penal. Solução?

Assisti ontem ao Debate MTV que trouxe como tema a questão da redução ou não da maioridade penal para 16 anos.

Alguns dos argumentos usados pelos que defenderam a redução são até interessantes, mas na minha visão são inconsistentes. Disseram que atualmente os jovens têm muito mais acesso à informação e portanto têm mais capacidade de discernir o que certo e errado. De fato não dá pra contestar que vivemos na era da informação, mas aí me suscitam algumas questões. Será que o maior contingente dos jovens que vivem nas favelas e que pelas circunstâncias são mais propensos a se tornarem os chamados "jovens infratores", têm realmente acesso à informação e se têm, que informação é essa? Qual a qualidade da informação que lhe é colocada à disposição? Já que até mesmo para quem tem uma base familiar e social bem estruturada, nos dias de hoje, é um grande desafio para jovens e adultos filtrar as informações que chegam sobretudo via internet.

Outro argumento apresentado pelos que, no programa defendiam a redução da maioridade, é o fato de que a definição da maioridade no Brasil foi formulada a muito tempo, num contexto que não condiz mais com a realidade que vivemos, dado que os jovens estão mais maduros e por, de novo, terem mais acesso à informação. Reitero que na minha visão, informação não garente maturidade. A própria internet é um bom exemplo do que estou dizendo, ela nos deu amplo e ilimitado acesso a todo tipo de informação, boa e ruim, de receita de bolo à receita de bomba.

Não vou nem comentar sobre o que disse o deputado Jair Bolsonaro, sobre esse tema, pois quem entre outras coisas defende a ditadura e acha que os "militares mataram pouco", não me parece disposto a discutir o assunto numa perspectiva mais ampla, com vistas aos aspectos sociais que envolvem este assunto.

A questão me parece muito clara, acredito firmimente que só depois que o Estado tomar medidas fortes no sentido de cumprir suas obrigações de cuidado e proteção especialmente para com os jovens, é que poderemos sim discutir medidas punitivas para aqueles que cometem delitos. O que deve ser debatido na verdade, é o que fazer e como fazer para dar estrutura social aos jovens, sobretudo aos adolescentes, foco dessa discussão. Concordo plenamente com o ponto de vista de Marcelo Gavião, presidente da União da Juventude Socialista, o que é preciso colocar em pauta é qual o projeto que o Estado, e eu incluo também a sociedade, têm para a juventude?

O que precisamos entender é que agindo hoje no sentido de zelar pelos nossos jovens, preparando-os para o amanhã, garantiremos além de tudo, presídios mais vazios no futuro. Temos por todo país vários exemplos de ações que envolvem Estado e sociedade, em conjunto ou separadamente, que deram novas perspectivas para jovens Brasil à fora. Não há dúvidas que esse é o caminho e não há dúvidas da nossa responsabilidade nesse processo, que começa na hora de escolhermos quem nos representará no Congresso e nas Assembléias Legislativas de todo o país. Novamente a oportunidade estará em nossas em 2010, os acontecimento recentes no Senado nos apontam a necessidade de maior zelo com as nossas escolhas.

Um abraço!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Não temos cara de lixeira

Absurdo total! Não é possível não se indignar com a matéria apresenta ontem no Jornal Nacional da Rede Globo, dando conta de vários containers vindos da europa carregados com lixo.

Essa é mais uma atitude prepotente dos países ditos de primeiro mundo, que se prontificam a apontar nossas mazelas sociais e ambientais a todo instante, mas que não têm o menor pudor em tomar esse tipo de atitude que humilha e revolta ao mesmo tempo. E o pior é que tomando conhecimento de um fato desse, não há como não se intrigar com uma pergunta: há quanto tempo isso acontece?

Sei que é pedir demais, mas uma atitude forte das autoridades diplomáticas do Brasil, deve ser tomada, pois de nada adianta, bucarmos assento no Conselho de Segurança da ONU, participação nos G's por aí à fora e ficarmos engolindo situações desse tipo. Será que dá pro Senado parar de fabricar o seu próprio lixo só por um pouquinho e se posicionar? Aliás esse é outro motivo para protestarmos veementemente contra o descarte europeu, já temos muita coisa para limpar aqui dentro e não dá para cuidar da sujeira dos outros, e quando me refiro à sujeira, é no sentido mais amplo da palavra, literal, subjetivo, figurado, etc., etc.

Porém, é importante entendermos que a obrigação de reagir a essa afronta, cabe à nação brasileira, que não é composta apenas pelo governo ou pelo congresso e organismos oficiais, portanto toda a sociedade deve se manifestar, para que isso não continue acontecendo,nem com o Brasil e tampouco com nenhum outro país. Ninguém merece ser tratado dessa maneira.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

#forasarney

Bom dia!
Li o que o Tico Santa Cruz postou em seu blog hoje e tenho que concordar que foi frustante não termos conseguido alcançar o objetivo proposto pelo movimento criado no twitter nos últimos dias.
É preciso entender que estamos já de algum tempo em meio a uma crise de instituições muito grave. Um legislativo afundado em constantes denúncias de corrupção, clientelismos, um verdadeiro pouco caso com as questões sociais, morais e éticas que deveriam ser premissa na conduta dos nossos representantes na Câmara, no Senado, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais. De outro lado temos um judiciário maculado, em muitas oportunidades a serviço de interesses que passam longe do seu dever básico, fazer justiça, o que pressupõe minimamente isenção na conduta de suas ações. Quanto ao executivo e consequentemente ao nosso presidente, é triste constatar que com todas as condições que ele teve, quando assumiu o governo, em promover um desenvolvimento sólido e duradouro, e estou me referindo a desenvolvimento no sentido amplo; político, econômico, social, tecnológico, ambiental, educacional, etc., etc. O que temos é um presidente que coloca seus interesses pessoais à frente dos interesses do país, dos interesses do povo e sobretudo da classe menos favorecida, que tanto ele diz representar. O seu apoio ao Senador José Sarney comprova esse "egopismo político" de Lula, que prefere os discursos populistas e desorientados, em vez das ações fortes e coerentes, presentes na biografia dos estadistas.
Porém, a despeito desse caos, a despeito dos que disseram que foi oportunismo das sub-celebridades e de todas as críticas feitas ao movimento, é hora de termos uma visão mais ampla do momento e das possibilidades. É tempo de perseverar e de pelo menos deixar para as próximas gerações um exemplo de cidadania, de compromisso com o país e com o que desejamos que ele seja, ainda que não vejamos o fruto das nossas ações, que as sementes sejam bem plantadas. Talvez tenhamos que ampliar nossa lista, deixar de dizer apenas #forasarney, mas também #forarenan, #edmarmoreira, e todos aqueles que têm impedido que o país ganhe o rumo de um desenvolvimento justo, verdadeiramente social e sustentável.
Teremos em 2010 uma oportunidade de renovar Assembléias Legislativas, Câmara dos deputados, e uma parte do Senado, portanto o que temos que fazer é começar agora a nos mobilizar, no sentido de conscientizar a todos que democraticamente, podemos dar uma demonstração de que não queremos "mais do mesmo" e que somos nós que ditamos o rumo do país, através das escolhas que fazemos. Pode ser sonho, pode ser que novamente nos frustemos, todavia a consciência de ter se envolvido, de ter dado o exemplo e de termos feito a nossa parte, vale à pena.
Abraço.