sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Grande Sertão: Veredas

Há muito tempo que eu queria ler esta obra prima de João Guimarães Rosa. Aproveitei o amigo oculto da empresa onde trabalho e pedi de presente para a minha amiga, agora não mais oculta, Wânia.
O livro é de fato uma viagem aos sertões das Gerais na companhia de Riobaldo, Diadorim, Comprade Quelemém, Medeiro Vaz e tantos outros, uma delícia de leitura.
 Resolvi então, por sugestão da Lorena, minha filha, dividir com todos esta experiência prazeirosa, trazendo ao longo da minha viagem por esta estória, algumas frases e trechos pinçados do livro. Lá vão os primeiros:

"Eu sou é eu mesmo. Divêrjo de todo mundo...Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa."


"Viver é muito perigoso..."


"Por enquanto, que eu penso, tudo quanto há, neste mundo, é porque se merece e carece."

"Moço: toda saudade é uma espécie de velhice."

"Às vezes eu penso: seria o caso de pessoas de fé e posição se reunirem, em algum apropriado lugar, no meio dos gerais, para se viver só em altas rezas, fortíssimas, louvando a Deus e pedindo glória do perdão do mundo. Todos vinham comparecendo, lá se levantava enorme igreja, não havia mais crimes, nem ambição, e todo sofrimento se espraiava em Deus, dado logo, até à hora de cada uma morte cantar. Raciocinei isso com comprade meu Quelemém, e ele duvidou com a cabeça: -"Riobaldo, a colheita é comum, mas o capinar é sozinho..." - ciente me respondeu."

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